O Feirão Caixa da Casa Própria realizado no fim de semana, em Cuiabá, gerou negócios superiores a R$ 146 milhões, alcançando 58,4% da meta estipulada de R$ 250 milhões. Durante o evento foram fechados ou encaminhados contratos de 700 imóveis, que corresponde a 38% das 1,8 mil unidades disponibilizadas. Mesmo com resultado abaixo do esperado nos 3 dias do Feirão, o gerente regional da Construção Civil da Caixa Econômica, José Luiz Dias, acredita que o volume seja superado, com o fechamento de contratos prospectados durante o evento.
“A quantidade acima de 3 mil pessoas superou a expectativa. O esperado era duas mil. A gente entende que os R$ 146 milhões é um volume excelente. Fora os negócios que poderão vir com os cadastros que as empresas fizeram para o futuro”.
Dias acredita que a tendência de comercialização se manterá no futuro, já que a demanda pela casa própria existe. Guido Grando Junior, vice-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi/MT), avalia que o baixo desempenho do setor nos últimos 3 anos foi puxado pela situação econômica. “O mercado imobiliário reflete a macroeconomia. Tivemos uma situação difícil no ano passado pela macroeconomia estar ruim. Este ano a gente está tendo uma recuperação. O volume e a quantidade de transações de imóveis aumentaram no 1º trimestre em relação ao ano passado. E os indicadores apontam melhora”, avalia.
“O Feirão é uma prova de que as pessoas estão com condições de adquirir um imóvel. A boa receptividade de público e o volume comercializado provou que as pessoas precisam e têm condições de comprar”.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção (Sinduscon-MT), Júlio Flávio de Miranda, ressalta que a realização do evento deu um novo ânimo ao setor. “Os empreendedores ficaram animados porque venderam bem e diminuíram a quantidade de produtos que tinham. Percebemos que Cuiabá tem demanda, tem déficit habitacional e tem cliente querendo comprar. O que faltava era levar o produto, boas condições de financiamento e compra, e o mercado ofereceu. Isso é muito importante porque gera renda, emprego e movimentação de todo a economia mato-grossense”.
O Feirão da Caixa motivou tanto o setor que os empreendedores já planejam a realização de um novo evento no 2º semestre, provavelmente, em novembro, segundo Júlio Miranda. No país, a realização do Feirão alcançou R$ 13,1 bilhões em negócios, volume 27,22% maior que o de 2016, que fechou com R$ 10,3 bilhões. Foram fechados ou encaminhados mais de 65 mil contratos.