Apicultores de Sinop, Santa Carmem e Feliz Natal que compõem o projeto ‘Desenvolvimento da Apicultura na Região de Sinop’ participam, nos próximos dias 30 e 31, da feira do mel de Sinop. O evento é a primeira ação de acesso ao mercado e pretende expor diferentes produtos e derivados feitos do mel. A ação, explica o gestor Joel Rossato, do Sebrae, mostra o estágio de desenvolvimento da atividade na região. Haverá exposição de equipamentos utilizados na atividade.
Juntas, as três cidades devem produzir, neste ano, entre 22 e 23 toneladas de mel. “É um número que pode ser ampliado porque o setor está em franco desenvolvimento. Eles [produtores] estão melhorando a qualidade da produção”, declarou o representante, em entreivsta a Só Notícias.
Rossato cita que desafios devem superados como “avançar em novas tecnologias para a industrialização do produto”. No mês passado, apicultores conheceram a realidade de outras regiões de Mato Grosso que também se dedicam a atividade. O foco é transformar uma produção artesanal e adequá-la aos parâmetros industriais.
“Todos estão abertos, participando das ações de forma intensa e precisam de apoio para se desenvolver cada vez mais. A cadeia tende a evoluir pois o mel está tendo uma aceitação muito boa. A população está desmistificando o uso não somente como medicamento mas como alimento”, exemplifica.
O projeto ‘Desenvolvimento da Apicultura na Região de Sinop’ opera nos mesmos moldes de um Arranjo Produtivo Local. Visa incentivar a produção e fortalecer o segmento entre as cidades de Sinop, Sorriso, Nova Ubiratã, Vera, Santa Carmem, Porto dos Gaúchos, Feliz Natal, onde anualmente são produzidas cerca de 70 toneladas de mel. A renda obtida com a atividade chega aos R$ 600 mil.
O projeto visa, por exemplo, ampliar a inovação tecnológica do setor, implementar ações de comercialização e acesso a mercado. Fortalecer a governância – líderes – bem como incentivo às políticas públicas. No campo dos resultados almejados estão: aumentar em 30% a produtividade das colméias até dezembro de 2011, o número de apicultores participantes de 85 para 150, estender em 20% a produção de mel e em 20% a venda do produto na região.