Mais uma rodovia estadual pode ser federalizada. É a MT-110, que seria federalizada a partir de Novo São Joaquim (485 km ao Leste de Cuiabá), seguindo em direção à BR-364, passando pela BR-070 e os povoados de Paredão e Batovi até atingir as cidades de Tesouro e Guiratinga, no Sul do Estado, chegando a Alto Garças, já na BR-364. O projeto é de autoria do deputado federal Wellington Fagundes e está em tramitação na Câmara Federal. Ao total, o trecho a se transformar em rodovia federal compreende uma distância de 274 quilômetros.
Segundo o autor do projeto, a produção de grãos da grande região de Novo São Joaquim e cidades adjacentes é escoada por rodovias, utilizando-se a BR-070 até a cidade de Primavera do Leste, seguindo pela MT-130 até Rondonópolis, onde passa a utilizar a BR-163/364, fazendo opção, a partir daí, para os portos de Paranaguá/PR e Santos/SP, com grandes distâncias a serem percorridas. Essa produção poderia ser exportada via porto de Santos/SP, utilizando-se dos terminais da Ferrovia Vicente Vuolo em Alto Araguaia e Alto Taquari.
De acordo com Fagundes, os produtores da região irão ganhar em competitividade com o encurtamento da distância para se chegar ao terminal da ferrovia. “Essa nova via servirá como alternativa para desafogar o tráfego de veículos da BR-364, entre Cuiabá e Rondonópolis, onde se concentra hoje o maior movimento de carretas do Estado”, disse.
Para Fagundes, sob o ponto de vista econômico, o asfaltamento desse traçado da MT-110 vai oportunizar o desenvolvimento de uma região esquecida, abrangendo o município de Novo São Joaquim e vasta região que o circunda. Beneficia, também, o Vale do Garças, que engloba os municípios de General Carneiro, Tesouro, Guiratinga e Alto Garças. Dada a sua proximidade e localização, Primavera do Leste e Paranatinga também podem ser relacionadas como cidades que podem se beneficiar com a nova rodovia.
“Priorizar a federalização dessa rodovia e asfaltá-la será fomentar o desenvolvimento em uma importante região que sempre esteve marginalizada de políticas de inclusão dos governos ao longo dos anos”, avalia Wellington Fagundes.