A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) informou que, com “atenção e preocupação”, as recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. Segundo a federação, medidas dessa natureza “representam riscos concretos ao fluxo comercial entre os dois países, com impactos diretos na indústria mato-grossense”.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram que os Estados Unidos foram, no ano passado, o 17º principal destino das exportações de Mato Grosso, um avanço expressivo em relação à 36ª posição registrada cinco anos antes. No período, foram exportados US$ 415 milhões em produtos, somando 183,4 mil toneladas, dos quais US$ 373,6 milhões referem-se à indústria de transformação — evidência clara da relevância do setor industrial nas relações bilaterais.
De Mato Grosso, entre os principais produtos industriais exportados estão carnes (US$ 148,5 milhões), ouro (US$ 147,1 milhões), gordura animal (US$ 43,5 milhões), gelatinas (US$ 16,8 milhões) e madeira beneficiada (US$ 12,5 milhões). A agropecuária também mantém papel importante, com US$ 41,4 milhões em exportações.
No total, os segmentos que mais ampliaram sua presença no mercado norte-americano nos últimos anos foram carne bovina, mineração e derivados de origem animal.
No sentido inverso, os Estados Unidos consolidaram-se como o 4º maior fornecedor de produtos para Mato Grosso no ano passado, com US$ 301,8 milhões em importações e 197,9 mil toneladas adquiridas, sobretudo de aeronaves, fertilizantes, máquinas e defensivos agrícolas.
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