O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) liberou, no ano passado, R$ 25,025 bilhões para financiamento de 2.776.685 operações em todo o país, principalmente para viabilizar a geração de empregos, por micros e pequenas empresas urbanas, e para aumentar a produção rural das famílias inscritas no Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).
Os números são recordes, de acordo com dados liberados pelo secretário de Políticas Públicas de Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego, Remígio Todeschini, que também preside o Conselho Deliberativo do FAT (Codefat). O fundo, vinculado ao Ministério do Trabalho, custeia, entre outros programas, o seguro-desemprego e o abono salarial. Os recursos vêm de contribuições do Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).
Remígio Todeschini acredita, inclusive, que os números de operações com recursos do FAT devem crescer mais ainda neste ano, uma vez que o objetivo do sistema de emprego é fazer com que o trabalhador desempregado volte ao mercado de trabalho o mais rápido possível. Ação que exige ampliação dos recursos para intermediação e qualificação dos trabalhadores, acrescentou.
Todeschini disse que R$ 19,3 bilhões, ou 77,2% dos recursos liberados pelo FAT, em 2006, foram para o financiamento de programas de emprego e renda, prioritariamente em empreendimentos de pequeno porte, voltados para desenvolvimento rural e industrial, além de infra-estrutura e inovação tecnológica.
Dados liberados pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram que os programas de geração de renda e o Pronaf foram responsáveis por 2.625.409 operações, absorvendo R$ 9,657 bilhões dos recursos do FAT, enquanto infra-estrutura levou R$ 5,496 bilhões e política industrial ficou com R$ 3,609 bilhões.
Foram as três linhas de crédito que financiaram mais, dentro da estratégia governamental de impulsionar o crescimento econômico dos pequenos e médios empreendedores, de modo a garantir a manutenção e geração de novos empregos. Mas outras ações também levaram recursos do FAT, em menores volumes, como exportações, capital de giro, construção civil, inovação e difusão tecnológica.