Após a rejeição por sindicalistas do setor da proposta de renegociação de dívidas apresentada pelo Banco do Brasil, dirigentes da Federação da Agricultura no Mato Grosso (Famato) devem voltar à Brasília, nos próximos dias, para resolver os principais problemas que o setor vem enfrentando.
O presidente da federação Homero Pereira disse hoje, em entrevista à Rádio Celeste, que “o governo não tem política agrícola de médio e longo prazo e que o setor está quebrado”. Com o dólar em baixa e as cotações dos produtos desfalcadas, os produtores não conseguem quitar suas dívidas. “O governo tem priorizado o setor financeiro e não o produtivo, que é quem gera emprego”, criticou.
No início do mês, o governador Blairo Maggi e representantes do setor estiveram em Brasília buscando novas alternativas e renegociação das dívidas. O banco apresentou as propostas e deu o prazo para 20 de março para aderiram aos planos, mas os juros foram considerados “exorbitantes” pela classe.
“As dificuldades são maiores do que no ano passado. Vamos mostrar os números que revelam que o setor está quebrado e buscar sensibilizar as autoridades”, enfatizou Pereira.