Faltando apenas 30 dias para o início da safra da madeira em Mato Grosso o setor de base florestal se vê a beira de um colapso, motivado pelas condições precárias de funcionamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Com intuito de unir forças para dar solução ao grave problema é que o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Geraldo Bento, acompanhado dos presidentes dos oito sindicatos que compõem a entidade apresentaram, esta manhã, ao Legislativo estadual, as dificuldades que o setor passa para desenvolver a atividade produtiva de forma a manter a participação no PIB do Estado.
Segundo o presidente do Cipem, ainda não houve aprovação de Projetos de Manejo Florestal Sustentável (PMFSs) em 2015, nem mesmo informações sobre o andamento dos PMFSs, que foram vistoriados em 2014, o que gera uma grande preocupação no setor que depende da aprovação desses processos para trabalhar. “Os deputados demostraram preocupação se colocando à disposição do setor florestal que representa a 4ª economia no estado e contribui na geração de emprego e tributos para os cofres públicos, não podendo ficar prejudicado pela falta de gestão da Secretaria”, pontuou Bento.
O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), ressaltou que o setor de base florestal é muito importante na geração de receita para o Estado. “A Assembleia tem prerrogativa para auxiliar o segmento. Vamos procurar intermediar a conversa entre setor produtivo e Governo do Estado e com sugestões para que possamos ter uma Sema mais dinâmica e que consiga dar mais celeridade aos processos que ali tramitam, com isso o Estado continuará arrecadando “, destacou o parlamentar.
Para o deputado estadual Romualdo Júnior (PMDB), o setor está sendo novamente penalizado pela falta de gestão da Sema, a exemplo da demissão em massa dos funcionários do órgão, que travou todo o sistema. “Estamos unidos procurando um mecanismo para que um setor tão importante, como é o florestal para a economia do Estado, não seja mais prejudicado”, concluiu o deputado.