O setor de construção civil vem encontrando dificuldades na aquisição de cimento, indispensável para execução de quaisquer obras. Há cerca de um mês o produto está em falta na região e as empresas de materiais para construção acabam vendendo quantidades limitadas por cliente. Mesmo assim, algumas não tem o produto a pronta entrega.
As empresas alegam que não conseguem produto na indústria, localizada em Nobres, onde teria quebrado um forno e afetado a produção. Caminhões acabam esperando até dois dias na fila para carregar. “O frete acaba não compensando e muitos não enfrentam a fila, então também enfrentamos o problema de falta de caminhão”, declarou uma gerente.
Em outra revendedora, que recebia uma carreta com 660 a 800 sacas por dia, o impacto foi grande. Nas últimas semanas, está recebendo apenas uma carreta a cada sete dias.
Uma construtora alegou que só não parou com as obras porque consegue comprar o produto em várias lojas. “Estamos conciliando. Às vezes, conseguimos uma quantidade um pouco maior em algumas lojas onde já compramos há algum tempo e assim conseguimos manter os trabalhos”, disse a responsável pelo departamento de compras, Lucinei Neves da Rocha.
Se não bastasse ter que esperar para receber o produto, os consumidores ainda estão pagando mais caro para construir. A saca, que custava em média R$ 12 a R$ 13, nos últimos meses, teve alta de até 30% em alguns estabelecimentos, sendo encontrada por R$ 15, chegando a R$17.
Este ano, o setor de construção civil gerou 556 novos postos de trabalho somente em Sinop, ficando com o maior saldo positivo nas contratações.
(Atualizada às 10h30)