Mato Grosso teve um incremento de 73,8% nas exportações nos primeiros sete meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2007. De janeiro a julho de 2008 foram embarcados US$ 4,726 bilhões contra US$ 2,718 bilhões registrados no mesmo intervalo do ano anterior. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Somente no mês passado, o volume exportado somou US$ 912,8 milhões, cifra 119,7% maior que os US$ 415,306 milhões verificados no sétimo mês do ano passado.
Segundo o levantamento do ministério, os grãos de soja (mesmo triturados) somaram a venda de US$ 2,676 bilhões, o equivalente a 56,6% do volume total enviado ao mercado externo. Na comparação com o montante registrado com este produto no ano passado, quando foram exportados US$ 1,333 bilhão, o incremento deste ano é de 100,7%. Outro produto de destaque na pauta de exportações mato-grossense nos sete primeiros meses de 2008 foi a carne bovina, congelada e desossada que abocanhou US$ 349,589 milhões ante os US$ 253,039 milhões contabilizados em igual período de 2007, uma expansão de 38,1%.
O economista, especialista em Comércio Exterior, Vitor Galesso, considera que os números apresentados pelo Estado este ano estão bastante positivos, chegando a ser surpreendente, já que deste o ano passado está havendo incremento nas vendas externas. “A valorização nos preços das commodities está atraindo os produtores e indústrias a exportarem seus produtos, mesmo com a desvalorização cambial”.
Além do desempenho da carne bovina e da soja, que historicamente ocupa o primeiro lugar no ranking de produtos, o milho está surpreendendo. Ele afirma que em 1994 e 1995 a participação do milho era zero nas exportações e que entre 2000 e 2005 foi de apenas 1%. Porém, com a demanda pelo produto por parte dos Estados Unidos, para a produção do etanol em 2006 a participação no bolo subiu para 1,16% (o equivalente a US$ 50,205 milhões) e no ano passado explodiu, indo para 12% do total, saltando para US$ 658 milhões. “O preço internacional favoreceu a produção com destino à exportação, o que não ocorria no passado”, diz ao avaliar que este ano será positivo para as exportações.