As exportações de veículos apresentaram queda de 26,0% em valores no mês de janeiro, quando o faturamento ficou em US$ 886,2 milhões, enquanto em dezembro foi US$1,196 bilhão. Na comparação com janeiro do ano passado, os valores caíram 13,3%. Em quantidade, as exportações registraram queda de 40,5 %, com 25.779 unidades comercializadas no mercado externo. Em janeiro de 2013, foram 36.233 unidades, de acordo com dados divulgados hoje (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Segundo o presidente da entidade, Luiz Moan Yabiku Junior, o resultado é efeito da queda das exportações para a Argentina, que limitou a concessão das licenças para exportações válidas para o primeiro trimestre deste ano. “Quase três quartos das nossas exportações são para a Argentina. Nesta semana ocorreu uma restrição por parte do governo argentino e ontem conversamos com o governo brasileiro que está acelerando as negociações com a Argentina para minimizar os efeitos dessa medida”. Moan ressaltou que não há com aquele país um acordo de comércio e sim de integração produtiva. “Esse fator facilitará a conversa entre os dois governos.”
De acordo com o balanço mensal da Anfavea, a venda de veículos no mercado interno caiu 11,7% em janeiro, com a comercialização de 312.618 unidades contra 353.843 em dezembro. A produção de veículos teve aumento de 2,9 % em janeiro, ao chegar a 237.491 unidades. Em dezembro, o número ficou em 230.892. Na comparação com janeiro do ano passado, no entanto, houve diminuição de 18,7%.
“O licenciamento em janeiro foi o melhor de toda a história do setor e só não foi melhor por conta do PSI [Programa de Sustentação do Investimento] que foi colocado em operação em 27 de janeiro e prejudicou o comércio de caminhões e ônibus. Se tivesse havido mais tempo, o comércio teria tido desempenho melhor. No caso da produção, houve queda porque as montadoras concederam férias coletivas até 20 de janeiro, o que gerou impactos na produção”.
Moan explicou que a Anfavea prevê para 2014 um aumento de 1,4% na produção, 1,1% nas vendas e 1,6% nas exportações, chegando aos US$ 17 bilhões.