As exportações de Sinop seguiram a tendência de Sorriso, conforme Só Noticias já mostrou, e também tiveram queda no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), os produtores sinopenses venderam U$ 252,5 milhões entre janeiro e junho, uma redução de 31% em relação aos U$ 366,5 milhões comercializados em 2017. Apesar da redução, Sinop se mantém como o 6º maior mercado exportador de Mato Grosso.
Ao contrário das exportações, as importações cresceram 140% e chegaram a U$ 2,6 milhões este ano contra o U$ 1 milhão do ano passado. Embora o valor seja pequeno, isso mexe na balança comercial (cálculo das exportações menos as importações) que apresenta superávit de U$ 249,8 milhões.
A soja é, disparada, o principal produto de exportação de Sinop, com 87% da representatividade. O milho responde por 11% das vendas e a madeira, que já foi o principal produto da economia sinopense, tem pouco mais de 1% da fatia. A carne não representa 1% das exportações.
A China, que vem reduzindo gradativamente as compras em Mato Grosso, também comprou de Sinop 21% a menos do que o ano passado, mas se mantém como o principal mercado com 38% das vendas. Na sequência aparecem Espanha (17%), França (5,1%), Alemanha (4,2%) e Turquia (4,1%). Uma diferença característica em relação aos outros municípios exportadores da região norte mato-grossense é que a maior parte das negociações dos sinopenses é feita com países europeus e não asiáticos.
O aumento nas importações se deve, principalmente, à compra de veículos aéreos, registradas já no começo do ano. Também diferente dos municípios vizinhos, Sinop não compra apenas insumos agrícolas. Maquinários industriais e matéria prima para a indústria também estão na lista de importações dos Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Itália, China e Hong Kong.