As exportações de Mato Grosso cresceram 35,80% nos primeiros 8 meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com relatório divulgado pela Fiemt -Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso.
As exportações de madeira, mesmo com toda a turbulência que atravessa o setor, cresceram 1,87% em relação ao ano passado. Foram exportados, até agosto, de acordo com a Fiemt 269,5 mil kg (sic) de madeira. O volume mais significativo foi de madeira serrada que totalizou em negócios US$84,9 milhões.
A quantidade de objetos de madeira exportados movimentou US$2,84 milhões. O setor de madeira perfilada, teve uma queda de 15,88% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportados 122 mil kg do produto. O balanço apresentado pela Fiemt não foi feito sobre metros cúbicos e sim em quilos. Já em 2005, esse número caiu para 93 mil, de janeiro a agosto.
A região Norte, que é o maior pólo exportador de madeira, tem como maiores compradores os Estados Unidos, Holanda, França, Itália e Inglaterra. Segundo o diretor do Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso), Américo Pértile, a maior procura é pela madeira dura, em forma de deck, utilizada muito em revestimento de pisos. Entre as espécies mais exportadas estão a Itaúba e o Angelin.
Sobre a queda nas exportações, Pértile destacou que o índice maior foi no segmento de compensados. “A China, que era nosso maior comprador, se tornou o principal concorrente. Eles colocam a madeira à venda abaixo do nosso preço de custo”, explicou.
“A nossa madeira está cada vez mais cara, devido à alta do petróleo, aos nossos custos operacionais, que elevam em muito o preço da madeira da região amazônica. Até agosto as exportações foram bem, mas de agora a dezembro, a tendência é cair”, frisou ele.