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Exportação de serviços sobe mais que bens

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Com o aumento da exportação e importação de serviços maior do que o de bens, o Brasil alcançou a sétima posição no ranking mundial de crescimento no mercado. Com esse resultado, o país ocupa hoje o 31º lugar em exportação de serviços no mundo, informou ontem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.

No ano passado, as exportações de serviços cresceram 29,8%. Por ser o setor que mais cresce em todo o mundo, as importações registraram incremento ainda maior, de 38,7%, gerando déficit de quase US$ 8 bilhões.

Os serviços representaram 57% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas pelo país) no ano passado, com crescimento de 1,3 ponto percentual em relação a 2004. O setor é responsável por mais de 50% dos empregos criados no país.

Segundo o ministro, o comércio total internacional do país vai mais do que dobrar, saindo de US$ 107 bilhões para US$ 220 bilhões, nos quatro anos do atual governo.

“A idéia é motivar os setores de exportações para que o governo possa diminuir as importações. É um setor muito promissor na economia brasileira, principalmente se conseguirmos diminuir os entraves burocráticos”, disse Furlan.

O ministro participou ontem do 1º Encontro Nacional de Comércio Externo de Serviços, na Confederação Nacional de Comércio, no Rio de Janeiro.
Furlan anunciou a criação do Sistema de Comércio e Serviços (Siscoserv), que funcionará como o já existente Siscomex, de bens. Assim, o governo poderá acompanhar “setor por setor, empresa por empresa, o que está acontecendo para alavancar” o mercado de serviços.

“Há um enorme potencial das empresas brasileiras na exportação de serviços nas áreas técnicas de engenharia, tecnologia da informação, comunicação, saúde e turismo. Temos ainda áreas que podem ser desenvolvidas, como o cinema e o audiovisual.”

O ministro disse ainda que “a vontade do presidente Lula é que o Brasil tenha um canal internacional que possa servir para a produção de serviços”.

Conta em dólar

Furlan voltou a defender a criação de contas correntes em dólar, que “fossem auditadas permanentemente por autoridades brasileiras”.
A idéia seria desonerar parte das transações, a fim de estimular o crescimento e possibilitar que empresas façam a compensação entre importação e exportação, utilizando as divisas para quitar compras de matéria-prima e pagamentos de dívidas.

“Neste ano, o comércio exterior brasileiro está crescendo US$ 30 bilhões em relação ao ano passado. Se nós dermos alguma flexibilidade, como um benefício de uma parte desse crescimento, estaremos estimulando mais crescimento ainda, compartilhando com o setor privado nacional um estímulo daquilo que é resultado do crescimento do próprio setor privado.”

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