O Brasil produz atualmente 2 bilhões de litros de biodiesel por ano, provenientes de 42 plantas industriais. Esses são dados foram enfatizados pela representante da Casa Civil da Presidência da República, Danyela Felix, em palestra sobre “a importância do Brasil no mercado internacional de biocombustíveis”, durante o seminário Biodiesel BR 2007, em Cuiabá. A palestrante comentou que a exportação do biodiesel hoje é muito pequena e um programa que fomente esse setor tem como objetivo diminuição da poluição, segurança energética e ocupação desse mercado crescente.
Na mesa redonda que tratou sobre “a instalação de alcooldutos na região Centro-Oeste”, o representante da Transpetro explicou que a empresa está começando um estudo que viabiliza logística para exportação, pois é um problema que afeta a todo o país. A projeção é de que até 2011 haverá aumento da demanda internacional, principalmente dos Estados Unidos.
Mato Grosso hoje produz 5% do total produzido em todo o país, mas é o Estado que tem maior potencial. São Paulo produz 62% do total do país, Mato Grosso do Sul produz 3% e Goiás 4%.
O programa da Petrobrás inclui um poliduto para derivados ligando a região de Curitiba a Cuiabá, e essa construção permitirá redução dos custos de combustíveis como diesel e gasolina no Centro-Oeste e melhoria nos indicadores econômicos.
Segundo o secretário-adjunto de desenvolvimento da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Manoel Rodrigues Palma, Mato Grosso produz hoje 800 milhões de litros. “Mas o Estado tem potencial para produzir mais do que se espera que o Brasil inteiro produza”, afirma. Para que o alcoolduto tenha possibilidade de vir a Cuiabá, Mato Grosso precisa produzir 4 bilhões de litros, contudo, para a produção dessa quantidade é necessário que mais empresas se instalem no estado, e é por isso que a Sicme, juntamente cm Sindalcool, está montando um programa de inventivos fiscais que desenvolva o setor em Mato Grosso.
O Biodiesel BR 2007 prossegue nesta quarta-feira e quinta-feira com a participação de representantes de universidades e instituições como o Ministério de Ciência e Tecnologia, a Embrapa, o Centro Nacional de Referência em Biomassa, o Instituto Nacional de Tecnologia, a Petrobras e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, entre outros.