A partir do dia 1º de dezembro o Estado estará apto a abater os animais e exportar a carne mato-grossense para o mercado Europeu, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Inácio Afonso Kroetz, destacou que a conquista deve-se às ações conjuntas entre governo federal, estadual e o setor privado que intensificaram as solicitações para que todo território mato-grossense estivesse apto à exportação de carne para o mercado europeu, ou seja, sem a separação de áreas dentro do Estado.
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Inácio Afonso Kroetz, fez o anúncio, em Cuiabá, que as áreas Sul e Norte de Mato Grosso também foram aprovadas pelo Comitê Veterinário Permanente e reiteradas pela Diretoria Geral para Saúde e Consumidores da União Européia (DG-Sanco). Há mais de uma década que lideranças agropecuárias e políticas cobravam o fim das restrições ao gado do Nortão. Com a liberação, conforme Só Notícias já informou, a arroba deve aumentar 20%
Para Kroetz, o trabalho conjunto entre os setores foi significativo, mas, principalmente à credibilidade do Instituto de Desenvolvimento Agrário de Mato Grosso (Indea), na garantia da sanidade animal em todo o Estado.
“Graças ao trabalho de parceria entre os governos federal, estadual e o setor privado – que assumiu suas responsabilidades no processo-, conseguimos incluir essas duas regiões cobrindo 100% do rebanho bovino de Mato Grosso apto à exportação totalizando, hoje, 26 milhões de cabeças de gado. Devemos esse avanço também a credibilidade do Indea que soube garantir a sanidade dos animais e fez com que a União Européia confiasse no nosso relatório. Pela primeira vez tivemos notícia que a UE aprovou novas propriedades sem a averiguação in loco, acreditando no nosso prognóstico e na seriedade do governo federal e de Mato Grosso”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, que no dia 12 de setembro anunciou que Mato Grosso tinha voltado a ser área habilitada à exportação de carne bovina fresca para os 27 países da União Européia.
“Além de atender a uma reivindicação antiga do setor, a decisão tornará a área aprovada no Brasil como território contínuo, sem fragmentos de trechos não habilitados em seu interior”, explicou Inácio Kroetz.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon essa decisão representa o reconhecimento de todo às ações desenvolvidas pelos setores responsáveis. “A economia do Estado vai ser beneficiada com a abertura efetiva dos mercados e vamos duplicar as exportações”, disse.
Já o presidente do Indea, Décio Coutinho, lembrou que a conquista só foi possível após empenho e comprometimento principalmente do setor privado. “Temos dois momentos bem distintos, um antes e outro depois que o setor privado assumiu suas obrigações e responsabilidades junto às ações do Governo do Estado. Esse reconhecimento só veio porque a situação mudou. Houve o interesse do produtor em vacinar o rebanho e o empenho do Governo do Estado e das entidades da iniciativa privada em intensificar o trabalho de vigilância sanitária animal em todo o Mato Grosso, especialmente nas regiões de fronteira onde o risco de se contrair a doença é maior”, afirmou o presidente do Indea/MT.