Apesar de ainda ser matematicamente vantajoso abastecer com etanol, os motoristas estão preferindo a gasolina. Na ponta do lápis, a diferença de preços entre os 2 combustíveis é mínima. Com o preço de R$ 2,07 pelo litro do álcool e de R$ 2,98 pela gasolina, a relação entre os dois é de 69,4%, bem próximo do limite de 70%, percentual indicado por especialistas para medir a razão um e outro para ser competitivo.
O gerente de um posto de combustível, Rodrigo Lima, diz que o consumidor aprendeu a fazer a conta. O trabalhador Celso de Almeida foi mais radical e afirma que optou pelo transporte coletivo, em função do aumento no preço do etanol. "O combustível está muito caro. Apesar do transtorno que é ir para o trabalho de ônibus, prefiro pagar pela passagem do que para abastecer o carro". A tarifa de ônibus em Cuiabá é de R$ 2,50, mais barato que um litro de gasolina.
O taxista Jesus Vilela também calcula que a cada 10 litros adquiridos é perdido R$ 1, em razão ao aumento de preço. O que anima os motoristas é a expectativa de redução nos preços. "Se continuar desse jeito teremos prejuízos".
Em 2010, consumo de etanol foi 5,7% superior ao da gasolina. Foram 416,31 milhões de litros abastecidos no Estado de etanol e 393,80 milhões (t) do derivado do petróleo.
Safra – A produção de etanol na próxima safra, em Mato Grosso, poderá chegar a 1,1 bilhão de litros. É o que afirma o diretor-executivo do Sindálcool, Jorge dos Santos. Segundo ele, o aumento é decorrente ao funcionamento de mais uma indústrias no Estado, que terá capacidade de produzir pelo menos 250 milhões de litros. Na safra passada, foram 850 milhões de litros de etanol fabricados pelas unidades industriais.