O governo federal concluiu os estudos do trecho da ferrovia Transcontinental, entre Lucas do Rio Verde e Vilhena (RO). A Valec, estatal responsável pelas ferrovias ainda deve divulgá-lo, no entanto, já adiantou que com o encerramento houve uma redução da extensão do traçado previamente estimado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que era de 740km e agora passa a ser 646km como nova meta. O motivo, no entanto, ainda vai ser publicado.
No acompanhamento, a Valec informou que falta definir cronograma do traçado geométrico este ano, o projeto básico até ano que vem, a obtenção de licença prévia, além do licenciamento de instalação e o início das obras, já entre 2016 e 2017. O investimento inicial previsto no Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) é pouco superior a R$5,5 milhões dentro do PAC.
Segundo a estatal, este segmento da ferrovia “tem o objetivo apoiar o escoamento da produção de grãos (soja e milho) do centro norte do estado de Mato Grosso em direção aos portos do Rio Amazonas, como alternativa aos portos do sudeste e nordeste”.
A ferrovia deve integrar outra maior (já em estudo com a China) com previsão de formar um corredor de escoamento entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Ela partiria do Peru, passando pelo Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em mais de 4 mil quilômetros. São estimados pelo menos R$ 30 bilhões em investimentos.
A Valec espera que até maio do ano que vem sejam concluídos os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental total da extensão.