Período de estiagem aumenta a expectativa pela procura de materiais para construção. O setor projeta aumento de até 10% nas vendas durante os próximos 4 meses, quando a ocorrência de chuvas será rara, favorecendo construções e reformas. Outra perspectiva favorável ao segmento é a restrição de crédito imobiliário para financiamento de imóveis novos e usados.
O vice-presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Mato Grosso (Acomac/MT), Gustavo Gusman, explica que o 2o semestre é favorável ao setor porque geralmente nos primeiros meses do ano as pessoas se organizam para o pagamento de contas. “E quando chega no período de estiagem, as condições favoráveis para construir e reformar aquecem as vendas, aliadas ao planejamento do orçamento doméstico”.
O gerente comercial de uma loja de material para construção, Fabiano Pereira de Oliveira, está motivado para as vendas até dezembro. A expectativa é que o aumento na procura por materiais de construção supere os 20%. “Este tem sido o nosso desempenho de janeiro até agora (agosto), mesmo com a crise econômica que vive o país, felizmente nós estamos obtendo resultados que vão contra a onda de quedas no mercado”.
Mais restrições- A partir de segunda-feira (17) a Caixa Econômica Federal vai por em prática nova restrição para financiamentos. Quem possuir empréstimos no banco por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), não pode- rá mais tomar outro crédito dessa linha. A exceção existe para clientes que queiram um novo financiamento para comprar imóveis comerciais ou lotes urbanos para a construção de moradia.
A Caixa afirma em nota que essas operações representam 2,4% da quantidade de financiamentos concedidos pelo banco. E que as prioridades do banco em 2015 são as habitações populares por meio do Minha Casa Minha Vida e recursos do Fundo de Garantia do Tempo Serviço (FGTS).
Para o vice-presidente da Acomac/ MT, Gustavo Gusman, as restrições ao crédito imobiliário por parte das instituições financeiras podem motivar os interessados em comprar imóvel novo ou usado a mudar de ideia. “Nesse sentido, podemos esperar comportamento diferenciado do consumidor que vai optar pela construção ou pela reforma, ao invés de comprar imóveis novos”.