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Estado sobe pauta e madeireiras pagam mais imposto em MT

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A pauta da madeira, usada pelo governo como base para cobrar ICMS (Imposto Circulação de Mercadorias e Servicos) sobre a venda de madeira serrada e beneficiada, está mais cara para algumas espécies, a partir de hoje. O CIPEM – Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso e sindicatos de base florestal se reuniram várias vezes com o governo, mas não obtiveram êxito em prorrogar a cobrança do aumento, que segundo ele, inviabiliza o setor.

A nova pauta foi divulgada no dia 15 de outubro e desde então, o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad) e outros sindicatos estiveram lutando para baixar o índice de aumento apresentado pelo governo. A Secretaria Estadual de Fazenda não concordou. De acordo com José Eduardo Pinto, presidente do Sindusmad, as espécies Cambará, Ipê e Cedrinho, que são as que afetam diretamente as indústrias por serem os produtos mais comercializados no Estado, sofreram aumento de 18 a 19%. O cedrinho, serrado, fica a R$504. O cambará serrado fica a R$360, a partir de hoje.

“A lâmina por exemplo teve um aumento de 31%. Outras espécies tiveram reajuste entre 4 e 5%, mas para nós, o aumento do Cedrinho, Cambará e Ipê foram muito altos”, afirmou ele. O presidente ressaltou que o sindicato vai continuar articulando com o governo para baixar esse índice. “Vamos mostrar que essa pauta não foi definida por preços mínimos, como deveria ser”, ressalta.

O alto preço da pauta, segundo o sindicato, tira competitividade das indústrias mato-grossenses em relação a outros estados, onde a pauta é bem menor. Mato Grosso perde mercado para concorrentes do Pará e Rondônia, onde a carga tributária é menor. A pauta estipula o valor da base de cálculo para o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada espécie e produto da madeira.

Em janeiro deste ano, após muita discussão entre governo e setor indústrial, a pauta da madeira recebeu um aumento de 22%. Inicialmente, o governo pretendia reajustar em torno de 44%.

(Atualizada às 15:20h)

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