PUBLICIDADE

Especialistas discutem impactos da Reforma Tributária; “Mato Grosso é o que mais perde”, diz secretário

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) reuniu especialistas para discutir os impactos que a Reforma Tributária trarão para Mato Grosso. O evento, mediado pelo diretor da Fiemt e vice-presidente do Conselho Tributário (CTT/Fiemt) da instituição, Vinicius Saragiotto, contou com a participação de representantes do setor industrial estadual e nacional, Governo de Mato Grosso e empresários.

Segundo dados apresentados pela secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz MT), Mato Grosso poderá ter uma perda acumulada de R$ 134 bilhões nos próximos 50 anos, caso seja regulamentado o projeto da Reforma Tributária, que está em análise no Congresso Nacional. No mesmo período, a secretaria estima uma demanda de pelo menos R$ 56 bilhões para investimentos em obras de infraestrutura e logística.

“A perda de receita e participação na arrecadação global de Imposto sobre Circulação de Mercadorias, Bens e Serviços (ICMS) poderá evoluir de uma queda de 2,07% em 2033 para retração de 6,20% em 2042. Mato Grosso é um dos estados que mais perde”, afirma o secretário adjunto da Receita Pública do Estado, Fábio Pimenta.

Durante o debate, os especialistas demostraram preocupação com a substituição da tributação sobre a produção (ICMS) pela tributação sobre o consumo (IBS), mudança que pode significar o fim dos incentivos fiscais e impactar diversos setores da economia estadual, sobretudo a indústria, já que Mato Grosso tem um pequeno mercado consumidor se comparado a grandes centros.

Segundo a Fiemt, a reforma tributária também deve afetar o fluxo de caixa das empresas, impactar na concessão de incentivos fiscais e forçar indústrias com filiais em municípios diferentes a realizar cálculos tributários distintos. Já os municípios terão prerrogativa de fixar suas próprias alíquotas por meio de lei.

Dessa forma, é provável que indústrias deixem o estado ou que novas empresas optem por se instalar em outras unidades federativas com um mercado consumidor maior. “É fundamental que a Fiemt se posicione como a principal fonte de ideias e discussões sobre a Reforma Tributária para o setor industrial em Mato Grosso. A Federação tem cumprido esse papel com maestria, promovendo eventos como este e fornecendo informações essenciais aos empresários”, afirmou Saragiotto.

Ainda segundo o diretor da Fiemt e vice-presidente do CTT, “a Reforma Tributária, como está sendo proposta, terá um impacto brutal nas nossas indústrias. Todo o ambiente de negócios sofrerá alterações, exigindo mudanças nos setores tributários, de marketing, comercial e nos demais departamentos das empresas.”, alertou.

Apesar dos desafios, os participantes do evento também destacaram as oportunidades que a reforma pode trazer para o setor industrial. Com a simplificação do sistema tributário, espera-se que haja uma redução da burocracia e dos custos das empresas.

“Ao proporcionar a redução de tributos, regras simples e transparentes e sem distinção entre bens e serviços, a reforma consegue acelerar o crescimento econômico do Brasil”, finaliza o superintendente de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Telles. Também participaram do debate os advogados tributaristas, Lucas Ribeiro e Victor Maizman e o economista Jose Lombardi.

Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.   

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Escola técnica abre 640 vagas para cursos em Nova Mutum e mais 11 cidades

A secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação inicia...

Com desempenho acima da média nacional, produção industrial de Mato Grosso cresce 4,6%

Mato Grosso registrou crescimento de 4,6%, acima da média...
PUBLICIDADE