O aumento do preço do álcool nas usinas e postos é comum nessa época do ano, em que há enrtressafra de cana-de-açúcar, afirmou hoje (4) o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Anísio Vaz. Ele acrescentou que o consumidor já deveria estar acostumado às oscilações nos preços dos produtos agrícolas durante a entressafra.
“O consumidor vai ao mercado, vai à feira e verifica que a abóbora está mais cara, a cenoura está mais barata. Todos os produtos têm safra e entressafra, períodos de maior ou menor oferta. Durante muitos anos vem sendo assim também com o preço do álcool, mas parece que as pessoas ainda não se acostumaram com essa elevação a partir de dezembro”, disse.
Segundo Vaz, neste ano a alta foi um pouco maior – R$ 0,10 a R$ 0,12, em média – porque também houve aumento da procura do álcool: “Em função dos feriados do final de ano, os consumidores optaram por usar mais automóvel e menos avião. As pessoas viajaram mais de carro, houve um consumo maior de combustível, inclusive de álcool”.
Vaz explicou que devido a essa demanda anormal, as distribuidoras precisaram buscar mais combustível nas usinas. “Algumas estavam fechadas, mas que estavam funcionando, aproveitaram para vender – e com um pequeno aumento”, disse.
Mesmo assim, ele garantiu que o aumento foi “uma coisa passageira, nada para assustar”. E que existe álcool suficiente até o fim da entressafra, em abril.