A União dos Lojistas de Shopping Centers (Unishop) estima que se houver o aumento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado existe a possibilidade de cerca de 15% das lojas dos shopping de Cuiabá e Várzea Grande fecharem as portas. Além disso, a iniciativa do acréscimo da carga tributária pode ocasionar mais de 600 demissões no ramo.
Para o presidente do Unishop, Júnior Macagnam, a mudança empurra micro e pequenas empresas para a informalidade ou para a falência. “Apesar de todas as mudanças acreditamos e confiamos que o governador Pedro Taques não irá aumentar a carga tributária".
O governador decidiu, na última segunda-feira, pela prorrogação de 90 dias nos decretos 380 e 381, que altera a cobrança do ICMS para micro e pequenas empresas. O tema é bastante questionado por entidades representativas do comércio e indústria de Mato Grosso.
Com a entrada em vigor de emenda constitucional que determina a repartição gradativa da arrecadação de ICMS entre estados de origem e destino – além de recolher o ICMS embutido no Simples, os pequenos comércios eletrônicos terão de arcar com a parte do estado de destino.
Para Macagnan, é necessário esperar a divulgação dos dados que estão sendo estudados pelos secretários estaduais juntamente com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Antes da apresentação dos dados não tem como ter uma movimentação em torno do ICMS. Vamos primeiro aguardar a apresentação desses estudos para posteriormente voltarmos a discutir sobre o assunto”.