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Energia pode ficar mais cara sem hidrelétricas, admite Aneel

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O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, disse hoje, que a energia elétrica poderá ficar mais cara, caso as hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, não sejam construídas. “Vamos ter energia muito cara, se não sair o Madeira [hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau]”, afirmou Kelman, ao participar da abertura do 13° Simpósio Jurídico da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica.

Ele informou que a construção das hidrelétricas deve ir até 2013. Se, “numa hipótese catastrófica”, a Justiça suspendesse a obra, “estaríamos fadados a procurar fazer leilões de compra de energia [de termelétricas], como o último agora, que é de óleo combustível”, acrescentou.

Kelman não precisou o valor que poderia ser cobrado do consumidor, mas informou que o custo médio da energia termelétrica é de R$ 400 por megawatt. “Se há aumento da participação de térmicas na matriz energética, elas passam a ser mais freqüentemente taxadas, então, o custo para o consumidor cresce”.

Ele disse também não teme que o leilão para construção da Usina de Santo Antônio seja suspenso por meio de liminares. Para Kelman, é improvável que isso aconteça. “Hoje o país está mais consciente de que essa guerrilha de liminares custa muito caro ao país, tanto em termos econômicos como ambientais.”

A licença prévia para a obra das duas usinas foi concedida em julho deste ano, e o leilão para a de Santo Antônio deve sair em outubro. O leilão da usina de Jirau deve ser realizado no início do próximo ano.

Perguntado sobre a possibilidade de faltar energia a partir de 2011, caso o governo não consiga construir novas usinas até essa data, Kelman afirmou que existem alternativas para o problema.

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