O workshop Comércio Exterior e Políticas de Desenvolvimento Econômico realizado na última sexta-feira, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Sorriso, contou com a participação de aproximadamente 100 pessoas, entre autoridades como o presidente da entidade, Itamar Perondi e o prefeito em exercício do município, Luiz Carlos Nardi, empresários, profissionais liberais e estudantes.
Para Itamar Perondi, o evento oferece alternativas de novos negócios aos empreendedores do município. “Ele vem mostrar novos horizontes e abrir os olhos dos empresários para a exportação. Não adianta ficar chorando a crise, nós temos é que tocar em frente”, afirmou o dirigente. Para o prefeito em exercício Luiz Carlos Nardi, além desse estímulo e contribuição em termos de informação sobre os caminhos para a exportação, o workshop mostra claramente que a diversificação dos negócios é um fator irreversível e necessário em qualquer economia.
Em sua 15ª. edição, o workshop contou, no período da manhã, com as palestras do professor Manoel Gomes da Silva, superintendente da Federação das Associações Comerciais de Mato Grosso (Papel do associativismo) e do professor e economista Vivaldo Lopes (Perspectiva da Economia do Estado de Mato Grosso).
À tarde, a palestra com o professor da Universidade de Cuiabá, Victor Galesso (Práticas de Comércio Exterior), a palestra; “O potencial de mercado de Mato Grosso com os países Andinos”, ministrada pelo professor Serafim Carvalho de Melo e a apresentação das linhas de crédito oferecidas pelo Governo do Estado pelo gerente de Planejamento Estratégico da MT Fomento, Carlos Roberto Vieira completaram o evento.
Artesanato
Para a presidente da Associação de artesãos Portal da Amazônia, Silvana Bezerra Milan Gomes, que reúne 53 artesãos do município, o workshop soma e ajuda o segmento, pois complementa informações básicas para a entidade.
“O mais importante pra gente é visualizar os procedimentos e contatos para a exportação. Nós já temos artesãos que individualmente até exportam seus trabalhos, mas, uma peça ou outra e não regularmente e não por meio da associação. E são essas informações passadas pelo workshop e os acessos a elas é que precisamos e queremos”, por isso eu acho importante a divulgação dessas informações”, enfatizou ela.
De acordo com Silvana, a associação já elegeu como carro-chefe, a produção de artesanato a partir de materiais recicláveis, a maioria das peças feitas com papel, madeira, fibra de bananeira e sementes. Esta modalidade de produtos diferenciaria a entidade de outras em outros municípios como Alta Floreta e Tangará da Serra que já exportam artesanato em escala considerável, embora ainda incipiente. “O nosso desejo é produzir para exportar, até porque já existe um mercado consumidor, principalmente na Europa”, ressaltou.
A opinião é compartilhada pela artesã, Sandra Cunha, do Conselho Fiscal da Associação de Artesão de Sorriso. Segundo ela, é preciso estimular novas formas de apresentar os trabalhos, já que as exposições das peças ainda se limitam ao próprio município onde são adquiridas por turistas, ou na Feira Internacional do Pantanal realizada anualmente pela Secretaria de Estado de Turismo. Sandra lembrou que os cursos de aperfeiçoamento oferecidos pelo Sebrae têm sido muito úteis aos artesãos e o workshop também dá a sua contribuição neste sentido.