As transportadoras de cargas de Mato Grosso irão aderir à paralisação nacional do setor no dia 17 de outubro, organizada pela Frente Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas. De acordo com o secretário executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Gilvando Alves de Lima, embora a Autorização Especial de Trânsito (AET), pivô da mobilização, não seja cobrada no Estado, as empresas devem participar diante dos problemas conjunturais enfrentados pelo setor em todo o país, como o aumento do preço do óleo diesel autorizado pelo governo federal na semana passada.
Ele afirmou ao jornal A Gazeta, que em alguns casos, 68% da receita no negócio é destinada à compra do combustível, algo considerado insustentável. Embora ressalte que não existem hoje empresas fechadas ante os impactos da crise do agronegócio, Lima afirma que a conjuntura negativa, somada ao aumento do preço do óleo diesel, comprometem a atividade.
Ele destaca que a média de gastos com a aquisição do diesel nas transportadoras regionais é de 50% da receita, mas que o ideal para o equilíbrio financeiro das empresas é uma margem máxima de 30%. “Há muito tempo estamos pagando para trabalhar. As empresas estão sem saída porque não podem se esquecer do pagamento dos funcionários e do próprio lucro no negócio”.
O secretário executivo afirma que, na esfera estadual, a mobilização das empresas locais gira em torno da redução da alíquota de 17% do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel.