A confiança dos empresários do comércio se manteve praticamente estável em dezembro, na comparação com novembro. É o que revela o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio), realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo) e divulgado nesta terça-feira (3).
O indicador registrou 130,6 pontos em dezembro, alta de apenas 0,1 ponto na comparação com novembro (130,5 pontos), mas a maior marca desde o início da pesquisa, em março de 2010. Vale destacar que o indicador varia de 0 a 200 pontos, sendo que acima de 100 pontos demonstra otimismo.
Subíndices
O Icec é compostos por três subíndices: condições atuais, expectativa e investimentos. Entre eles, o primeiro apresentou alta de 2,2%, passando de 113,3 pontos em novembro, para 115,8 em dezembro.
O crescimento foi influenciado pela expansão de 4,1% na percepção em relação às condições atuais da economia. "A sazonalidade positiva das vendas de final de ano é, provavelmente, a maior causa deste resultado, já que é nesta época do ano que o setor concentra cerca de 40% de todo o seu faturamento do ano", explica o economista da entidade, João Felipe Araújo.
Quanto às condições atuais do setor e da empresa, os empresários também se mostraram otimistas. Nestes quesitos, a alta apresentada foi de 2,1% e 0,7%, respectivamente. "Apesar do crescimento das vendas de Natal não ter sido tão forte como no passado, o empresário encerrou 2011 satisfeito com o desempenho do setor".
Expectativas e investimentos
Em relação ao cenário futuro, os empresários se mostraram menos otimistas. O indicador de expectativa apresentou queda de 1,5%. A baixa foi influenciada pela previsão menos favorável dos indicadores relacionados à economia (-0,9%), ao setor (-2,5%) e à empresa (-1,2%).
Sobre o indicador investimentos, houve alta de 0,1%, passando de 116,6 pontos em novembro, para 116,7, em dezembro. De acordo com a pesquisa, o avanço deve-se a uma combinação de alta na intenção de aumentar o nível de investimento (+1,3%) e os estoques (+1,3%).
O levantamento aponta ainda que a previsão de contratação apresentou queda de 1,9%. Pelos dados, 67,9% acreditam que o quadro de funcionários irá aumentar um pouco, enquanto 19,2% afirmaram que aumentará um pouco. Já 10% apostam que aumentará muito e 2,9%, que reduzirá pouco.