A audiência pública para apresentar o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental da Ferrovia de Integração Estadual, ligando Rondonópolis a Lucas do Rio Verde foi, esta manhã. A apresentação foi no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso, em Cuiabá com partição remota de representantes em Lucas do Rio Verde, Campo Verde, Santa Rita do Trivelato, Planalto da Serra, Jaciara, Nova Mutum, Rondonópolis e Primavera do Leste.
Para projetar o melhor traçado para a ferrovia, a empresa vencedora do chamamento público e que investirá R$ 12 bilhões nos 730 km de trilhos, pontes, terminais de cargas e em outras áreas, realizou estudos com base em análises multicritérios, aerolevantamentos, utilização de tecnologia LIDAR e NIR e verificações em campo.
O projeto é dividido em 8 trechos onde serão feitas obras, “inseridos nas regiões Sudeste-Rondonópolis, sul Cuiabá/Várzea Grande e Centro-Sorriso onde intercepta 16 municípios – Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Santa Rita do Trivelato, Planalto da Serra, Rosário do Oeste, Nova Brasilândia, Campo Verde, Primavera do Leste, Dom Aquino, Poxoréu, São Pedro da Cipa, Juscimeira, Rondonópolis, Jaciara, Santo Antonio do Leverger e Cuiabá”.
A bitola (distância entre dois trilhos na linha) terá padrão nacional de 1,6 metro. “Devido a escassez de madeira”, os dormentes devem ser concreto que tem “vida útil relativamente longa”. Os trilhos serão de aço carbono em barras com 12 metros de comprimento, formando trilho longo soldado de 312 metros.
Serão construídas ‘obras de artes especiais e de artes complementares como pontes, passagens inferiores da ferrovia, viadutos ferroviários túneis mata burro, passagens de fauna e proteção das encostas originais pela terraplanagem e na recomposição das áreas degradadas pela execução da obra. Estão previstos 158 passagens de fauna
Cronograma
Licenciamento ambiental deve ser concluído fevereiro de 2023 ( licença ambiental deve sair até fevereiro do ano que vem e a licença de instalação no ano seguinte). As desapropriações das áreas por onde o trem passará deve ser concluída até fevereiro de 2023. A contratação das obras, divididos em lotes, iniciam em outubro de 2022. A construção é prevista para iniciar em março de 2023. Em Cuiabá, os trilhos devem ‘chegar’ até janeiro de 2024. De Cuiabá/Santa Elvira até Nova Mutum a previsão é concluir os trilhos em julhode 2026. De Nova Mutum a Lucas do Rio Verde até dezembro de 2026. A construção dos terminais de cargas está iniciando e devem ficar pronta no final de 2026.
Em Lucas, acompanham online a audiência, o prefeito de Lucas, Miguel Vaz, o vice, Marcio Pandolfi, presidente da câmara, Daltro Figur, presidentes de entidades, diretores da empresa que venceu concessão, secretários estaduais, vereadores, deputados entre outras lideranças.
Em Nova Mutum, o prefeito Leandro Felix disse que “a ferrovia é uma questão de necessidade. É necessário que a ferrovia também chegue ao médio norte e norte do Estado. Vamos viver um antes e um depois da ferrovia. Está trazendo uma verticalização na nossa produção que gerará muita renda e muito emprego em Mato Grosso. O Estado anda totalmente acelerado. Diferente de algumas regiões do Brasil. A ferrovia atenderá o agro, indústria e comércio”.
O prefeito Miguel Vaz destacou que a ferrovia também deverá contribuir para redução de acidentes. “Ouro ponto é competividade que trará para região. Não tenho duvidas em poucos anos que vamos estar dobrando a produção. Temos esse movimento grande de carnes e biocombustíveis. Isso faz com que ser muito importante a vinda da ferrovia. Não vai atender somente Lucas do Rio Verde. São muitos os benefícios para o Estado e o Brasil”.
