Sinop registrou em maio, pelo quarto mês consecutivo, um número maior de demissões de funcionários. O número de demitidos no mês passado chegou a 968, enquanto foram contratadas 768 pessoas. O maior número de desligamentos foi registrado no comércio que dispensou 388 pessoas contra 241 novas admissões.
O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que Só Notícias teve acesso, referente apenas a trabalhadores com carteiras assinadas. O balanço também aponta um saldo negativo de 773 demissões desde janeiro, nos diversos segmentos, como comércio, indústria, serviços, construção, agricultura, dentre outros.
O número de admissões superou os de demissões somente em janeiro, em que 896 pessoas foram contratadas. O maior número de demissões de funcionários foi registrado em março, quando 1.189 pessoas perderam seus postos de trabalho, seguido de fevereiro, com 978 demissões.
Com 1.391 admissões e 1.768 desligamentos, entre os meses de janeiro a maio, o comércio foi o setor que mais demitiu e que também empregou em Sinop. Em segundo está a indústria, que tem como principal atividade a madeira. O setor contratou 1.299 pessoas no período. Mas as demissões ainda foram maiores: 1.407.
As expectativas do setor são de que novas contratações sejam feitas a partir de julho. A previsão do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Mato Grosso (Sindusmad) é de que dois mil novos empregos sejam gerados e a atividade reaqueça no município. As novas admissões representariam 20% das 10 mil demissões que ocorreram no ano passado nas indústrias madeireiras.
Essa previsão também anima outros segmentos, já que o setor madeireiro representa uma das principais atividades econômicas de Sinop. O setor também foi apontado pelo prefeito municipal Nilson Leitão como saída imediata para a crise que afetou toda a região.