Com um custo 40% mais caro do que o praticado atualmente, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) coloca em vigor, a partir de segunda-feira (21), o novo sistema para fabricação de placas de veículos. A informação consta em uma circular, assinada por uma diretora do órgão, que dá instruções aos servidores sobre como funcionará o sistema.
Os fabricantes de placas passarão a atuar como estampadores, uma vez que a base das placas será produzida por presos do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). Pelo serviço, motoristas terão que desembolsar R$ 170.
Segundo a circular, repassada aos servidores de Cuiabá e do interior, a Associação de Fabricantes de Placas Veiculares de Mato Grosso (AFPV) deverá manter um funcionário na sede do órgão e em 16 Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans), que será responsável por gerar o boleto de pagamento dos motoristas que precisem da nova placa. “Cabe à AFPV distribuir qual fabricante confeccionará a placa, que será entregue no Detran”. Nas outras cidades, o próprio fabricante das placas deverá emitir a documentação.
A justificativa para a implantação da nova tecnologia é, de acordo com o Detran, dar mais segurança e evitar a clonagem de placas veiculares. O novo sistema, que substitui a metodologia anterior, em que o valor mínimo para uma placa era de aproximadamente R$ 120, será tocado por meio de um convênio entre o órgão e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), que por meio de licitação contratou a Thomas Greg para desenvolver o projeto.
Depois da licitação, a empresa se associou com a Utsch do Brasil, fundando a Empresa Mato-grossense de Placas Veiculares (EMPV). Pelo acordo, a multinacional iria ceder a tecnologia das placas para que elas fossem produzidas por presos do CRC. A unidade será inaugurada, hoje, por representantes da empresa e pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (Sejudh), que administra o sistema prisional.