Para o embaixador da República Tcheca, Ivan Jancareck, com esta visita há a possibilidade de estreitar os laços para que também sejam criados interesses por parte de Mato Grosso por produtos originários dos países da Comunidade Européia. Mas além deste potencial para exportação a comitiva de embaixadores está com suas atenções voltadas ao desenvolvimento sustentável. Isso significa que todo este crescimento industrial precisa caminhar junto com o respeito ao meio ambiente. “As políticas de preservação dos recursos naturais do Brasil são acompanhadas de perto pelos habitantes dos países europeus. Eles querem ter certeza de que estão comprando produtos que não contribuam para a destruição da natureza”, disse Jancareck.
Neste sentido foi apresentado o projeto Verde Rio, do Instituto Ação Verde que reúne os órgãos do setor industrial e cuja meta é, até 2020, recuperar e as matas ciliares dos rios de Mato Grosso e resguardar as áreas de proteção permanente. O primeiro contemplado foi o rio Cuiabá. Em seus 828 quilômetros de extensão foram detectados 2 mil hectares de áreas de preservação degradadas.
O município de Santo Antônio do Leverger foi o primeiro contemplado. A cidade é banhada por 120 quilômetros do rio Cuiabá e 33% da população vive da pesca. Depois de feitos os levantamentos sócio-ambientais partiu-se para a prática com a construção de viveiros onde são produzidas mudas de reflorestamento. Este trabalho conta com a participação dos próprios ribeirinhos. A capacidade de produção é de 500 mil mudas por ano.
O viveiro é itinerante e o próximo município a recebê-lo é Aripuanã, banhado pelo rio Teles Pires, também com a capacidade de produzir 500 mil mudas/ano para reflorestar as margens e recuperar a mata ciliar.