As Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) comprou seis torres de alumínio para serem utilizadas em situações de emergências causadas pela queda ou dano grave nas torres de aço galvanizado que sustentam as linhas de transmissão da empresa. A intenção é a de reduzir de seis para quatro horas o tempo de interrupção na transmissão de energia elétrica para a população, diante da ocorrência desses acidentes. De 2004 até 2006, 15 torres caíram em Mato Grosso em função da característica da região, onde hoje os ventos ganham força e velocidade por não encontrarem a resistência imposta pela vegetação nativa.
Diante do número de ocorrências e para facilitar a recomposição das estruturas, as torres de alumínio ficarão armazenadas em conteiners, em dois pontos estratégicos: Cuiabá e Rondonópolis, para que sejam transportadas com certa agilidade para a região Sul, Norte e Oeste do Mato Grosso. Em todo o estado existem hoje 2.360 quilômetros de linha de transmissão e 5.870 torres da Eletronorte.
A vantagem das torres de alumínio é que elas são compostas de menos peças e por um material mais leve que as de aço, fatores que favorecem no tempo de montagem, explica o gerente da Divisão de Transmissão de Rondonópolis, Marcelo Damasceno. “Assim que a torre reserva é levantada, os condutores de energia podem ser ligados e a população volta a ser atendida com energia elétrica. Paralelo a isso, a equipe que faz o trabalho de levantar a torre de ação terá todo o tempo que achar necessário para o serviço”, informa.
Para dar uma idéia de como uma torre tem montagem mais prática que a outra, Damasceno informa que enquanto a de alumínio tem 100 peças, a de aço tem 2 mil. “O trabalho de recomposição é delicado e trabalhoso e com essa alternativa podemos atender a população e desenvolver um melhor trabalho”.
A torre de alumínio é um dos equipamentos que integram o Plano de Contingência da empresa, um documento composto por cinco elementos que foram definidos, aperfeiçoados e postos em prática desde 1990. O Plano é dividido em etapas que são a rotina de acionamento e localização de falhas, o plano de atendimento a emergência, por um mapa de acesso, sobressalentes e um mapa de localização das estruturas.
O documento serviu para ordenar e detalhar procedimentos que devem ser tomados para evitar o atraso na recomposição de uma torre.