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Economista aponta em Sinop que demais setores da indústria de MT crescerão ‘estimulados’ pelo agro

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Só Notícias/Guilherme Araújo (foto: Só Notícias)

O economista Luís Artur Nogueira disse, ontem à noite, em Sinop, na abertura do Fórum da Indústria MT 2022, promovido pela Fiemt (Federação das Indústrias do Estado), que “o cenário para o agronegócio é muito promissor e a gente sabe que a economia do Mato Grosso como um todo, é muito impulsionada pelo mesmo. Quando pensamos em indústria, é preciso lembrar que agro também compõe a agroindústria, gerando uma cadeia. Então, ainda que eu tenha que fazer a ressalva que esse ano é um período em que o Brasil vai crescer pouco, em torno de 0,5%  a 1,0%, a economia de Mato Grosso tem tudo para crescer mais porque  é muito ancorada no agronegócio e intermédio da economia. Por tabela, o setor industrial que vive ao redor desses negócios crescerá num ritmo maior do que a média do país”, analisou.

Luís fez palestra para industriais de Sinop e região, no Sindusmad, e também abordou que é importante entender o contexto que “2022 é um ano bem desafiador do ponto de vista econômico no mundo inteiro. Estamos saindo da pandemia (Covid) e indo para uma recuperação econômica, de muitas cadeias produtivas globais que ficaram desarrumadas, pelo impacto na China, que é o grande fornecedor de insumos e peças para o mundo. Temos aí pelo menos 12 meses para voltar à aquela normalidade, em termos de fornecimento de recursos que tínhamos antes da Covid. O efeito prático disso é que, no momento, o Brasil está com a inflação de 12%, mas ela também é grande nos Estados Unidos entre 8 – 8,5%, sendo a maior em 40 anos, e na Europa a maior inflação em 30 anos. Isso está obrigando os bancos do mundo inteiro a subir juros e desaquecer a economia global”, analisou.

Apesar desse panorama, o economista ressalta que o “agronegócios está indo muito bem, com a ressalva de que à exemplo de outros setores, está sofrendo com a alta de custos. Então, hoje, o produtor ganhou muito dinheiro nos últimos dois anos, inclusive com a alta no preço das commodities, e esse produtor vai plantar, por exemplo, a safra 2022 para 2023, com um custo muito alto em fertilizantes, insumos, nas sementes porque está tudo caro para o agricultor. Ele está sendo pressionado por custos que ele não está acostumado a ter, que não está acostumado a lidar”.

Luís Nogueira também avalia que as empresas pós pandemia devem enfrentar complicações como o fator do custo. “Hoje produzir está muito caro, então todo tipo de custo, desde o insumo, a mão de obra, você vê o custo de energia que está alto com tendência de melhorar um pouco com a volta da bandeira verde, que já pesou muito nos últimos dois anos. Você tem custos de impostos, a carga tributária no Brasil é muito alta, você tem custos ligados à infraestrutura que no Brasil é muito ruim. Num grande polo produtor de agronegócio e muito eficiente como Mato Grosso, na hora de escoar a produção, levando para os portos do país, surgiram problemas como vias ruins, falta de ferrovias, você tem portos que são ineficientes, ou seja, toda aquela produtividade boa que você tinha dentro da lavoura você perde com o escoamento disso, então infraestrutura é outro custo do empresário”.

Conforme Só Notícias já informou, Mato Grosso alcançou a primeira posição no ranking nacional em crescimento médio da indústria geral, referente ao primeiro bimestre deste ano, atingindo o percentual de 26,5%. É o segundo ano consecutivo que o Estado atinge a primeira posição.

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