O dólar comercial operou entre leves quedas e altas durante a sessão, mas fechou esta quarta-feira (11) em baixa de 0,61%, a R$ 3,446 na venda. É a segunda desvalorização seguida. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 1,65%.
Na semana, o dólar acumula queda de 1,64%. No mês, tem alta de 0,16% e, no ano, desvalorização de 12,73%.
Nesta sessão, investidores estavam de olho na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, que pode resultar em seu afastamento temporário. O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio, após cinco dias sem fazer leilões.
Hoje o Senado deve decidir se afasta Dilma da Presidência da República. Caso o Senado acolha o pedido, a presidente pode ficar afastada por até 180 dias –se o julgamento não acabar nesse prazo, ela volta ao cargo. O vice-presidente Michel Temer assume a Presidência interinamente, com poderes plenos.
Se os senadores decidirem não levar adiante a cassação do mandato de Dilma, a denúncia é arquivada e fica extinto o processo contra a presidente.
"Hoje está todo mundo esperando mesmo o grande fato, esperando essa definição", disse Glauber Romano, operador da corretora Intercam, à agência de notícias Reuters.
As avaliações, até mesmo dentro do atual governo, são de que Dilma realmente será afastada. Se Temer assumir, ele já deixou claro que o ex-presidente do BC Henrique Meirelles assumirá o comando do ministério da Fazenda, o que tem agradado o mercado.
O dólar também foi influenciado pelas atuações do Banco Central no mercado de câmbio. O BC voltou a fazer leilões de swap cambial reverso (equivalentes à compra futura de dólares), depois de ficar cinco sessões fora do mercado.
Para muitos operadores, o BC quer o limite mínimo de R$ 3,50 para a cotação do dólar, para ajudar as exportações e as contas externas do país.