O dólar comercial fechou apreciado sobre o real pelo quinto pregão seguido nesta quarta-feira. A sessão foi marcada pela atuação do Banco Central (BC) tanto no segmento à vista como no futuro, por meio de leilão de swap cambial reverso. O feriado nos Estados Unidos amanhã levou alguns investidores a reduzirem suas posições, o que contribuiu para o avanço das cotações.
A moeda norte-americana terminou a R$ 2,1650 na compra e R$ 2,1670 na venda, com acréscimo de 0,13%. Ao longo do dia, a divisa oscilou da mínima de R$ 2,1580 à máxima de R$ 2,1690. De acordo com agentes no mercado, o giro interbancário somou aproximadamente US$ 1,634 bilhão.
Após um mês ausente das operações no mercado futuro, o BC voltou a realizar leilão de swap cambial com posição ativa em variação do câmbio e passiva em juros nesta jornada. A autoridade monetária vendeu 19,2 mil dos 20,4 mil contratos ofertados inicialmente, assumindo posição credora no mercado futuro de US$ 913,1 milhões. A operação tinha como objetivo cobrir o vencimento de um lote que expira em 1º de dezembro, de cerca de US$ 970 milhões.
No meio da tarde, o BC voltou ao mercado, mas desta vez no segmento à vista, onde adquiriu dólares ao preço de R$ 2,1660. Segundo informações no mercado, a instituição aceitou seis propostas de seis bancos, de um total de 11 ofertas de 11 bancos. A média das taxas apresentadas alcançou R$ 2,1661. O valor máximo atingiu R$ 2,1670 e o preço mínimo ficou em R$ 2,1645.
O analista de câmbio da corretora Liquidez, Francisco Carvalho, preferiu atribuir a alta do dólar ao feriado de amanhã nos Estados Unidos, com agentes reduzindo exposição. Nesta quinta-feira, Wall Street estará fechada por conta do Dia de Ação de Graças. O profissional observa, entretanto, que a tendência do dólar é ficar dentro de uma espaço entre R$ 2,15 e R$ 2,18. “E como vinha abaixo dos R$ 2,16 mostrou alguma recuperação nos últimos dias”, disse
O BC comprou entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões no segmento à vista e rolou praticamente todo o volume financeiro do swap reverso, disse, avaliando que tais operações não tiveram influência de alta sobre as cotações da moeda americana.