O dólar comercial fechou esta quarta-feira (6) em alta de 1,09%, cotado a R$ 3,337 na venda. Foi o quarto avanço seguido da moeda norte-americana, que haviasubido 1,11% na véspera. Com isso, o dólar acumula valorização de 3,85% nas quatro últimas sessões, desde 1º de julho. No ano, no entanto, a moeda tem queda acumulada de 15,48%.
No exterior, o clima era de pessimismo, a exemplo do que aconteceu na véspera. Preocupações com possíveis impactos econômicos da decisão britânica pela saída da União Europeia novamente levavam investidores a evitarem aplicações de alto risco.
"O mau humor de ontem atravessou a noite e segue firme para a sessão desta quarta-feira", escreveram analistas da corretora H.Commcor em nota a clientes.
No Brasil, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio, pela quarta sessão seguida. O BC vendeu 10 mil contratos de swap reverso, que equivalem à compra futura de dólares.
O BC não fazia esse tipo de intervenção há mais de um mês, mas retomou o instrumento na semana passada após o dólar marcar a maior queda mensal em 13 anos em junho, embalado pelo otimismo cauteloso dos investidores com o Brasil.
"A atuação repetida [do BC], mas com lotes pequenos, é um sinal claro de que o mercado exagerou quando levou o dólar para patamares tão baixos", disse à agência de notícias Reuters o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
O ritmo de intervenção, no entanto, é lento em comparação com a postura adotada pelo BC sob o comando de Alexandre Tombini, que antecedeu Ilan Goldfajn como presidente da instituição