O dólar comercial fechou esta sexta-feira (10) com alta de 0,81%, cotado a R$ 3,431 na venda. É o segundo avanço seguido da moeda norte-americana, que havia subido 1% na véspera.
Em um mês de governo do presidente interino, Michel Temer, no entanto, o dólar caiu 0,42% (de R$ 3,446 em 11 de maio para R$ 3,431 hoje). Temer tomou posse em 12 de maio e a sessão de hoje é a última antes de o governo interino completar um mês, no domingo.
Apesar de subir no dia, o dólar encerra a semana com queda de 2,66%. A moeda acumula ainda desvalorização de 5,02% no mês e de 13,1% no ano.
Investidores estavam cautelosos nesta sessão por causa de riscos externos. Temores de uma desaceleração na economia mundial e uma possível saída do Reino Unido da União Europeia, a menos de duas semanas do referendo sobre sua permanência no bloco, deixaram o mercado pessimista.
Além disso, os preços do petróleo tiveram nova sessão de perdas e os investidores preferiram a segurança do dólar.
O mercado também estava à espera de dados de produção industrial e de varejo na China, que serão divulgados no fim de semana.
No Brasil, investidores adotavam estratégias mais defensivas diante da instabilidade política. A presidente afastada, Dilma Rousseff, defendeu a realização de uma consulta popular sobre a antecipação das eleições presidenciais de 2018 caso retorne ao Palácio do Planalto.
Alguns operadores viram na entrevista um incentivo para que senadores indecisos votem pelo retorno de Dilma ao governo, atualmente ocupado pelo presidente interino, Michel Temer.
As medidas econômicas e a postura defendida pela equipe econômica de Temer vêm sendo bem recebidas pelo mercado, de maneira geral.