A melhora da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da maioria das ações internacionais ajudou o dólar a cair nesta sexta-feira, retomando a trajetória de queda após duas altas consecutivas.
A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,69 por cento, para 1,589 real. A queda acumulada pelo dólar em julho é de 0,50 por cento e, no ano, de 10,58 por cento.
Na quinta-feira, o recuo de mais de 3 por cento da Bovespa havia sido a responsável pela valorização do dólar, já que refletia a saída de estrangeiros do país. Nesta sessão, a bolsa paulista subia cerca de 0,2 por cento à tarde.
No exterior, as bolsas européias subiram com o resultado melhor do que o esperado do Citigroup. O setor de tecnologia nos Estados Unidos, no entanto, sofria à tarde com os lucros decepcionantes de Google e Microsoft.
O gerente de câmbio de um banco estrangeiro, que preferiu não ser identificado, chamou a atenção para o volume maior do que a média dos últimos dias no mercado de câmbio. A cerca de uma hora do fim dos negócios, já se contabilizavam mais de 3 bilhões de dólares em operações, o que deixava esta sexta-feira perto de ser o dia mais movimentado da semana.
Para ele, isso deve ter ocorrido pela disputa em torno das posições no mercado futuro. Os estrangeiros, por exemplo, têm interesse na queda do dólar, já que mantêm mais de 5 bilhões de dólares em posições vendidas em derivativos cambiais na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
“Há no mercado uma certa disputa por formação de Ptax (taxa de referência do dólar). Ou alguma operação grande”, disse, lembrando que o mercado ainda recebia recursos provenientes da oferta de ações da Vale .
Na metade da sessão o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. Uma das propostas divulgadas foi aceita, segundo um operador, com taxa de corte de 1,5915 real.