O dólar encerrou praticamente estável nesta quarta-feira, à espera do pronunciamento de Roberto Jefferson (PTB-RJ) na Câmara dos Deputados, que até as 16h35 ainda não acontecera, e da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, esperada para depois das 18h30.
A divisa norte-americana terminou o dia a R$ 2,329, com variação positiva de 0,04%.
De acordo com o diretor de câmbio de um banco nacional, que não quis ser identificado, a principal preocupação do mercado é o conteúdo do pronunciamento que Jefferson fará antes da votação sobre o pedido de cassação de seu mandato no plenário da Câmara dos Deputados.
“Ninguém quer ficar vendido (em dólar) com medo do que ele possa falar”, disse ele, acrescentando que o volume de negócios foi fraco.
Para o analista de mercado da corretora Souza Barros, Hideaki Iha, alguns investidores aproveitaram o dia para ajustar posições antes do término da reunião do Copom, diante da expectativa de corte da Selic – atualmente em 19,75%.
“O mercado hoje é de ajuste. Tem os depoimentos, tem Copom, amanhã tem CPI (índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos), que é um número que o pessoal vai querer ver”, afirmou.
Os investidores estão atentos a qualquer índice que possa sinalizar o próximo movimento do Federal Reserve (Fed). Isso porque o diferencial entre os juros no Brasil e no exterior tem contribuído para manter os ingressos de recursos no mercado brasileiro.
Iha acrescentou que, se houver mesmo uma redução dos juros no Brasil, o movimento de ajuste do câmbio será reforçado. “Fora isso o cenário é positivo, é mais um acerto mesmo.”
No campo externo, o avanço dos preços do petróleo em Nova York contribuiu para a cautela do mercado. Os contratos em Nova York fecharam em alta de quase 2 dólares, acima dos US$ 65 o barril