O dólar comercial foi negociado a R$ 1,810 para venda, com decréscimo de 1,30%, nas últimas operações desta segunda-feira. Trata-se da menor cotação desde 15 de agosto de 2000, quando a moeda americana bateu R$ 1,804. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,940, em baixa de 0,51%.
A taxa de risco-país marca 173 pontos, em retração de 2,25% sobre a pontuação final de sexta-feira.
Na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), o Ibovespa sobe 2,90%, aos 62.266 pontos. O volume financeiro é de R$ 5,26 bilhões.
Profissionais de mercado atribuíram a derrocada do dólar à cena externa fortemente favorável nesta segunda-feira. “Quando lá fora fica muito positivo, a tendência é que o fluxo de recursos para o Brasil aumente ainda mais. E a tendência predominante do dólar é de queda”, afirma Mário Paiva, analista da corretora Liquidez.
A Bovespa atinge níveis recordes, sustentada justamente pelos recursos de investidores estrangeiros. Em setembro, o saldo de investimentos estrangeiros (compras menos vendas de ações) foi positivo em R$ 2,793 bilhões. Em junho, julho e agosto, os saldos foram negativos. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas ainda superaram as compras em R$ 1,199 bilhão.
Apesar da expectativa de uma parcela dos profissionais do mercado, o Banco Central ainda não retomou os leilões de compra de moeda e as operações de swap cambial, interrompidas na primeira quinzena de agosto.
“O Banco Central não vai entrar no mercado se ele não perceber um volume anormal de recursos. E por enquanto, o que está acontecendo é o fluxo normal de mercado. O presidente do BC [Henrique Meirelles] já foi muito claro: o governo não tem meta cambial, tem meta de inflação”, diz Paiva.