O dólar abriu 2007 com ligeira queda nesta terça-feira, em sessão morna por conta da ausência do parâmetro das bolsas de valores nos Estados Unidos.
A divisa norte-americana fechou na mínima do dia, cotada a 2,132 reais, declínio de 0,19 por cento. Na máxima, a moeda registrou avanço de 0,14 por cento, a 2,139 reais.
As bolsas em Wall Street não funcionaram nesta terça-feira e os mercados de bônus dos EUA fecham mais cedo em luto pela morte do ex-presidente do país Gerald Ford, na semana passada.
Com isso, a cotação do dólar oscilou principalmente de acordo com o fluxo e com o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo, que superou os 45 mil pontos pela primeira vez.
“O mercado de câmbio foi bem parado, melhorou acompanhando a bolsa. O mercado continua com a tendência otimista para o Brasil, os fundamentos estão bons”, afirmou Flávio Ogoshi, operador de derivativos do Rabobank.
Dados desta manhã reforçaram a perspectiva positiva para o país, com superávit comercial recorde em 2006, de 46,077 bilhões de dólares.
Segundo Ogoshi, a queda do dólar no dia só não foi maior porque o Banco Central segue firme na compra de moeda. A autoridade monetária aceitou quatro propostas no leilão de compra de dólares, com corte a 2,1335 reais.
Na quarta-feira, o mercado volta a colocar foco nos EUA, com divulgação da atividade no setor manufatureiro e da ata da última reunião do Federal Reserve, que pode trazer dicas sobre o rumo da política monetária por lá.
Em janeiro, a atenção dos investidores também é dividida com o cenário político brasileiro, lembrou Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy.
“Temos que aguardar esse mês (quem será) o presidente da Câmara, do Senado, a mudança ministerial”, disse o operador, acrescentando que a partir dos nomes que irão compor os cargos o mercado avalia perspectivas para reformas.