O dólar fechou em baixa nesta quarta-feira, acompanhando a reação da moeda no exterior depois de o Federal Reserve manter os juros em 5,25 por cento conforme esperado e divulgar um comunicado menos agressivo.
A divisa norte-americana fechou o dia a 2,146 reais, em baixa de 0,23 por cento.
Lá fora, o dólar ampliou a queda sobre o euro e o iene depois de o Fed divulgar comunicado praticamente idêntico ao de setembro, apontando que o crescimento econômico e a inflação devem desacelerar.
“O Fed manteve lá fora a taxa de juros e o que todo mundo acha é que ele começaria a mexer na taxa a partir de janeiro do ano que vem”, comentou João Medeiros, diretor de câmbio da corretora Pioneer.
“Se os demais itens permanecerem inalterados (inflação controlada e atividade desacelerando), sinalizaria para uma redução dos juros”, completou ele, lembrando que o mercado externo estava dividido sobre os movimentos futuros no juro dos EUA, entre corte ou elevação.
Pela manhã, o dólar se manteve em alta, com os investidores cautelosos antes da decisão do Fed e com algumas remessas de recursos.
Em relatório, a corretora de câmbio NGO destacou que “o dólar não mudou de tendência, que permanece sendo de depreciação do preço, mas teve um dia com demanda efetiva pela manhã que consumiu o fluxo positivo”.
Depois do anúncio do Fed, o Banco Central entrou no mercado com leilão de compra de dólares e aceitou nove propostas, com corte a 2,149 reais.
Operadores têm dito que o BC está mais agressivo nos leilões de compra, enxugando a liquidez excedente do mercado. As aquisições da autoridade monetária servem para recompor as reservas internacionais, que já superam 76 bilhões de dólares.
“Acreditamos que esta postura operacional, como temos ressaltado, deve perdurar até as eleições, já que as reservas já atingem números excessivos e com custo de carregamento extremamente oneroso”, afirmou a corretora NGO.