O dólar encerrou novembro com valorização de 1,03% impulsionado pelas atuações do Banco Central, remessas e incertezas sobre os juros externos. Nesta quinta-feira, porém, o dólar caiu 0,18% terminando a R$ 2,166. No ano, a divisa norte-americana tem perda de 6,84%
Durante o mês, o dólar chegou a registrar oito pregões seguidos de ganhos, uma das maiores seqüências de valorização desde dezembro de 2005. A perspectiva de juros mais elevados na Europa impulsionou o euro frente ao dólar no mês, mas o clima de incertezas criou receios e aversão a ativos de risco, o que explica a tendência de alta do dólar no mercado doméstico, afirmaram analistas.
Além disso, a discussão de investidores era se a economia norte-americana sofreria um pouso “suave” ou “forçado”. O temor diminuiu um pouco esta semana com dados de crescimento dos EUA acima do esperado e comentários do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke.
O Banco Central reforçou as compras de moeda neste mês por meio dos leilões diários no mercado à vista. As reservas internacionais superaram os US$ 82 bilhões.
Última sessão
Nesta quinta-feira aconteceu a tradicional disputa para formação da Ptax (taxa média), que serve de base para liquidação de contratos futuros e vencimento de US$ 970 milhões em swap cambial reverso.
A decisão na noite passada do Comitê de Política Monetária (Copom), de reduzir a taxa básica de juro a 13,25%, e o crescimento de 0,5 por cento no terceiro trimestre frente ao segundo, ambos dentro do previsto, favoreceram o sossego no dia.