O dólar encerrou em baixa de 0,19% nesta terça-feira, a R$ 2,136, acompanhando principalmente o movimento do mercado externo de moedas. Foi a quarta sessão consecutiva de queda frente ao real.
Segundo operadores, o leilão de compra de dólares feito pelo Banco Central à tarde enxugou parte da liquidez do mercado e fez o dólar desacelerar a baixa, mas não foi suficiente para inverter o movimento do câmbio.
Na mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a recuar 0,79%, a R$ 2,123.
Desde o fim da semana passada, a confiança do mercado de que a política econômica será mantida pelo novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, contribui para a tranquilidade do mercado. A melhora no cenário externo reforçou o declínio do dólar.
“Na semana passada teve o estresse, mas o mercado voltou porque não tem motivo para o dólar subir, o Mantega não deve fazer nada de diferente na política econômica”, afirmou Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do banco Paulista.
O diretor citou também fortes ingressos de recursos nesta sessão, que ajudaram a derrubar o preço do dólar.
No campo externo, a moeda norte-americana recuava nesta tarde para o menor nível em dois meses em relação ao euro, com investidores aumentando as apostas em uma elevação da taxa de juro da zona do euro.
A corretora de câmbio NGO citou, em relatório, que o mercado externo sinaliza a possibilidade de o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos ser interrompido em breve depois de dados recentes do país.
Com isso, as taxas de juros brasileiras continuariam atrativas ao investidor estrangeiro.
De acordo com a corretora, com o cenário interno e externo favorecendo a apreciação do real, as tesourarias bancárias podem voltar a adotar posição vendida em dólar (apostas na queda da moeda). No dia 17 de março, dado mais recente divulgado pelo BC, os bancos estavam comprados em US$ 2,517 bilhões.