O presidente da companhia Docas, que administra o Porto de Santana, no estado do Amapá, Riano Valente, apresentou, hoje pela manhã, a um grupo de empresários, políticos e lideranças do agronegócios em Lucas do Rio Verde, a potencialidade do porto para a exportação de produtos produzidos no município. Era esperada a presença do governador do Amapá, Camilo Capiberibe, no entanto, ele cancelou a visita de última hora. Não foi confirmado o motivo. O prefeito Marino Franz também participou da exposição.
Valente afirmou que o porto é benéfico para os produtores da região, principalmente, pela sua localização estratégica. Segundo ele, isso irá permitir que o frete tenha redução e, com isso, baratear a produção, aumentando a competitividade de toda a região médio Norte. “Seja carne, soja ou algodão”, ressaltou. Um levantamento aponta que a economia seria de US$ 25 a 30/tonelada mais barato-tonelada se comparado com escoamento feito via porto em Santos (SP).
Para ele, é vantagem transportar o grão produzido na região até o porto devido ao estudo da redução de tarifas para grandes exportadores e também ao valor do frete, que influencia no preço final do produto. “As balsas que vão sair daqui pelo Teles Pires ou Tapajós vão até Santana [cidade amapaense]. Esta diferença de transporte da balsa para o navio é significativa. Qualquer redução quando se fala em exportação é significativo”, argumenta.
Atualmente a capacidade do Porto de Santana é de 6 milhões de toneladas. Mas com as adequações que estão sendo realizadas, a partir de 2014 o presidente acredita na possibilidade da movimentação de até 20 milhões de toneladas. Ele adiantou que a partir de 2012 serão feitos estudos para a construção de silos e galpões para armazenagem de grãos.
O presidente da Câmara Municipal, Aluizio Bassani, disse que essa é uma prova que a iniciativa privada tem feito sua parte, agora precisa o governo federal e estadual contribuírem. Concretizar uma parceria dessa envergadura irá favorecer todo o Estado. “Sabemos que os custos com transportes são ainda muitos caros, essa é uma oportunidade de reduzir os custos e conseguir atingir nosso objetivo, que é exportar nossos produtos para os países da Ásia, África e América Central”, finalizou.
O ex-presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, acompanhou as reuniões do presidente da Docas. O grupo também esteve, esta tarde, em Sorriso com o vice-prefeito, Wanderlei Paulo e lideranças locais.
(Atualizada às 17:02h)
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