O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindfrigo) afirma que o setor foi prejudicado pela atitude do governo Blairo Maggi que implicará na redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a venda de boi gordo em outros Estados, de 12% para 3%. A mensagem foi enviada no final da tarde do último dia 28, mas ainda não votada pela Assembléia Legislativa.
O presidente do Sindfrigo, Milton Belincanta, -que é empresario em Sinop- disse ao Só Notícias que com essa atitude o governador estará incentivando os pecuaristas de outros Estados, inclusive de São Paulo. “No nosso ponto de vista, Mato Grosso agrega pouco valor em seus produtos e agora o governador está incentivando a saída do boi em pé. A indústria frigorífica de Mato Grosso é a que está mais evoluída, acompanhando a globalização e o governo vem e esta decisão é um retrocesso”, ressaltou.
De acordo com Bellincanta, o sindicato vai se reunir com o governo do Estado, em agosto, depois de analisar os efeitos da medida no mês de julho. “O setor vê a medida como a criação de um incentivo fiscal para as indústrias de fora do Estado, que têm outra política tributária” afirmou.
Nos últimos cinco anos, o rebanho mato-grossense saltou de 20 milhões para 26 milhões. Os pecuaristas vêm com bom olhos a medida. “Com a aprovação da Assembléia Legislativa, essa redução vai chegar em um momento de entressafra – a partir de julho – e assim que o rebanho de confinamento estiver no limite nestes mercados, vamos ganhar um sobre preço na arroba de Mato Grosso”, disse o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e também presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires, em entrevista na capital.