O diretor do Departamento Nacional de Infra-estrutura, Luiz Antônio Pagot, informou que há cerca de R$ 6 bilhões previstos para o setor ferroviário da região Centro-Oeste. O anúncio foi divulgada durante palestra no 3º Fórum Estadão Regiões, ontem, em São Paulo. “O sistema logístico da região Centro-Oeste deve recuperar o tempo perdido até 2014”, declarou.
Durante o fórum, vários palestrantes ressaltaram que os problemas de infraestrutura e logística representam o principal entrave ao desenvolvimento econômico da região. Os altos custos do transporte da safra, dos insumos e defensivos, são fatores que aumentam os custos. Atualmente, as rodovias contribuem pouco para o progresso no Centro-Oeste, a malha ferroviária é pequena e cara e o potencial hídrico local é pouco aproveitado.
Em Mato Grosso, a conclusão das obras da ferronorte até Rondonópolis e o início da construção da ferrovia Centro-Oeste, ainda este ano, são aguardadas e tidas pelo setor produtivo como redenção para o agronegócio.
Conforme Só Notícias já informou, o projeto da Ferrovia de Integração, a Ferrovia Transcontinental (EF-354), planejada com 4.400 quilômetros de extensão, irá seguir de Uruaçu-GO para o leste, passando pelo Distrito Federal, Minas Gerais até o litoral fluminense. Para o oeste o plano indica um caminho do município goiano, indo à Vilhena rumo ao Acre até a fronteira com o Peru, com a construção de um ramal de embarque em Lucas do Rio Verde. O projeto prevê que cruzará Mato Grosso cortando 52 municípios, no sentido leste/oeste.