Novos dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontam que, nos últimos seis meses, não houve a inclusão de fazendas e empresas matogrossenses na relação conhecida por “lista suja” do ministério, que classificam os locais onde foram identificados trabalhadores em situação análoga à escravidão. As atualizações são feitas semestralmente. As últimas inclusões foram realizadas em julho do ano passado, com a inserção de uma fazenda em Porto dos Gaúchos, de onde foram libertados 14 trabalhadores; outra fazenda em Nova Bandeirante, de onde foram retirados 16 funcionários e, de um auto guincho de Várzea Grande, de onde saíram 2.
A lista foi criada outubro de 2004 e, desde então, pouco mais de dez fazendas foram inclusas na relação e houve a libertação de 701 trabalhadores que foram encontrados em situações análogas à escravidão. Contando com inclusões feitas em outros Estados, a lista conta atualmente com 152 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas, relacionadas. A maioria está relacionada aos setores do agronegócio.
A atualização consiste na inclusão de empregadores cujos autos de infração não estejam mais sujeitos aos recursos (decisão definitiva) na esfera administrativa e da exclusão daqueles que, ao longo de dois anos, sanaram as irregularidades identificadas e atenderem aos requisitos previstos na portaria que criou o cadastro.