O governo estadual confirmou, hoje, que foi descoberta um grande jazida de fosfato e ferro na região Oeste de Mato Grosso. O governador Silval Barbosa fez, há instantes, o anúncio oficial da jazida e confirmou que ela está localizada em Mirassol do Oeste, na região de Cáceres. A jazida, considerada uma morraria, tem 19 km de extensão por 5,5 km de largura e que “renderá” cerca de 427 milhões de toneladas. O consumo em Mato Grosso, hoje, é de 610 mil toneladas/ano. Boa parte é importada de Israel e Marrocos. O secretário Pedro Nadaf explicou que, se esta jazida fosse abastecer só Mato Grosso, seria suficiente para cerca de 700 anos. Mato Grosso deixará de ser um importador para grande exportador. De acordo com o governo, os especialistas classificam como “um depósito de porte internacional, pela quantidade e pelo teor do bi-fosfato-ferro”.
O setor agrícola do Estado será um dos mais beneficiados porque o custo do produto para os agricultores vai cair consideravelmente. Só na produção de grãos, a economia deve ser de R$ 400 milhões/ano, aponta o presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso, Rui Prado. Não foi feita estimativa para economia no setor pecuário e de fruticultura, por exemplo.
O próximo passo, após a descoberta, será definir o processo de exploração da jazida, pela iniciativa privada. As pesquisas para descobri-la estavam sendo feitas há cerca de 5 anos.
Foi identificada uma jazida de ferro, com teor de 41%, cujo tamanho seria de aproximadamente 11,5 bilhões de toneladas (que seria 3 vezes maior que a de Carajás, no Pará). A área é particular e também fica próxima da jazida de fosfato, em Mirassol. Pertenceria a uma mineradora e, de acordo com a Reuters, o controle acionário pertence a um grupo, do banqueiro Daniel Dantas.
O governador classificou como sendo “nosso pré-sal” (referindo-se ao petróleo) as jazidas de ferro e fosfato descobertas em Mato Grosso.
(Atualizada às 13:49h)