Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) de madeira e móveis, fruticultura e aves e suínos foram escolhidos ontem pelos representantes das principais atividades econômicas do Estado para receber prioritariamente no próximo ano os R$ 174 milhões de recursos a serem aplicados pelo Banco da Amazônia em Mato Grosso. A eleição das atividades que irão receber maior atenção da instituição financeira aconteceu durante o Encontro Estadual de Planejamento do Desenvolvimento Regional, realizado em Cuiabá, em parceria com a Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA).
Para cada APL foram eleitos ainda os principais produtos e regiões que devem receber os incentivos econômicos. Os produtos potenciais da APL de madeira são a fabricação de móveis em Cuiabá, Várzea Grande, Alta Floresta, Lucas do Rio Verde e Sinop, de painéis e pisos também em Cuiabá, Várzea Grande e Sinop e a produção de pequenos objetos artesanais a partir de resíduos madeireiros em Vera, Alta Floresta, Rondonópolis e Jaciara, informa A Gazeta.
Na fruticultura foram escolhidas a produção de abacaxi em Tangará da Serra e na Baixada Cuiabana como atividades que precisam de apoio. Ainda na Baixada Cuiabana, a produção de caju deve receber linhas de crédito específicas do Banco da Amazônia. Para o engenheiro agrônomo e representante do Grupo de Trabalho da Fruticultura, Sérgio Simião, a atividade já existe em cidades como Jangada e Rosário Oeste, no entanto falta organização, capacitação técnica e apoio financeiro para que ocorra o desenvolvimento da APL.
A produção de maracujá no Vale do Jauru, região que compreende os municípios de Araputanga e Quatro Marcos, também foi eleita como atividade potencial. De acordo com Simião, o Estado tem clima e solo favoráveis à expansão da fruticultura. Ele destaca ainda que apesar da produção primária, falta fomentar o desenvolvimento de toda cadeia produtiva.
Os principais produtos da APL de aves e suínos são os cortes especiais, embutidos e defumados e o biogás para produção de energia, biofertilizantes e para a geração de créditos de carbono. As atividades hoje são desenvolvidas principalmente no Médio Norte e Sul do Estado.