Representantes do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt) discutiram esta semana demandas do setor, pontuando os principais gargalos logísticos que impactam diretamente o setor produtivo mato-grossense especialmente os relacionados ao chamado “Custo Mato Grosso”. Eles visitaram uma empresa de transportes em Cuiabá, onde foram debatidos os fatores que elevam o custo do frete — como a defasagem da infraestrutura viária e a falta de investimentos em modais alternativos de transporte.
Levantamento, conduzido pelo Movimento Mato Grosso Competitivo (MMTC) apontou que o custo adicional para produzir em Mato Grosso chega a R$ 38,5 bilhões por ano — o equivalente a 14,3% do PIB estadual. Entre os principais eixos que compõem o Custo Mato Grosso estão a dificuldade para empregar capital humano, a baixa inserção nas cadeias globais, a carga tributária estadual e a infraestrutura logística. Juntos, esses quatro fatores representam quase 80% do custo excedente apontado no estudo.
“O transporte é um elo essencial da cadeia produtiva, mas hoje ainda enfrentamos entraves que aumentam o custo logístico e reduzem nossa competitividade”, destacou Silvio Rangel, presidente da Fiemt. “Esses desafios são sentidos de forma muito forte aqui em Mato Grosso, e impactam todos os setores que dependem da movimentação de cargas.”
A visita também foi uma oportunidade para apresentar os serviços e soluções oferecidos pelo Sistema Fiemt, por meio do Sesi, Senai e IEL, que podem apoiar as empresas do setor de transporte na qualificação de mão de obra, na gestão da segurança e saúde dos trabalhadores, além do apoio à inovação.
Para o empresário Dejalmo Fedrizze, o encontro reforça a importância da aproximação entre o setor produtivo e as instituições que o representam. “Essa troca é fundamental. Nós que estamos na ponta sentimos os impactos das políticas públicas e dos gargalos logísticos no dia a dia. É preciso unir forças para buscar soluções que promovam eficiência e crescimento”, afirmou.
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